O Olhar de Jesus
Emmanuel
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O Olhar de Jesus
Emmanuel
Recordemos o olhar compreensivo e amoroso de Jesus, a fim de esquecermos a viciosa preocupação com o argueiro que, por vezes, aparece no campo visual dos nossos irmãos de luta.

O Mestre Divino jamais se deteve na faixa escura dos companheiros de caminhada humana.

Em Bartimeu, o cego de Jericó, não encontra o homem inutilizado pelas trevas, mas sim o amigo que poderia tornar a ver, restituindo-lhe, desse modo, a visão que passa, de novo, a enriquecer-lhe a existência.

Em Maria de Magdala não enxerga a mulher possuída pelos gênios da sombra, mas sim a irmã sofredora, e, por esse motivo, restaura-lhe a dignidade própria, nela plasmando a beleza espiritual renovada que lhe transmitiria, mais tarde, a mensagem divina da ressurreição eterna.

Em Zaqueu, não identifica o expoente da usura ou da apropriação indébita, e sim o missionário do progresso enganado pelos desvarios da posse e, por essa razão, devolve-lhe o trabalho e o raciocínio à administração sábia e justa.

Em Pedro, no dia da negação, não repara o cooperador enfraquecido, mas sim o aprendiz invigilante, a exigir-lhe compreensão e carinho, e, por isso, transforma-o, com o tempo, no baluarte seguro do Evangelho nascente, operoso e fiel até o martírio e a crucificação.

Em Judas, não surpreendente o discípulo ingrato, mas sim o colaborador traído pela própria ilusão e, embora sabendo-o fascinado pela honraria terrestre, sacrifica-se, até o fim, aceitando a flagelação e a morte para doar-lhe o amor e o perdão que se estenderiam pelos séculos, soerguendo os vencidos e amparando a justiça das nações.

Busquemos algo do olhar de Jesus para nossos olhos e a crítica será definitivamente banida do mundo de nossas consciências, porque, então, teremos atingido o Grande Entendimento que nos fará discernir em cada ser do caminho, ainda mesmo quando nos mais inquietantes espinheiros do mal, um irmão nosso, necessitado, antes de tudo, de nosso auxílio e de nossa compaixão.

Recordemos o olhar pleno de amor
E compreensão de Nosso Salvador,
A fim de não nos preocupar o argueiro
Que às vezes turva o olhar de um companheiro.

No cego Bartimeu, de Jericó,
Jesus não vê densas trevas, tão-só,
Mas sim o amigo que anseia enxergar
Para as riquezas de Deus vivenciar.

Em Madalena vê a mulher sofrida,
Pelos demônios da sombra possuída,
E lhe restaura o coração dileto,
Para anunciá-Lo, um dia, ressurreto.

Não vê em Zaqueu o expoente da usura,
Mas o emissário que os bens enclausura,
E lhe devolve o trabalho e a razão
À sábia e justa administração.

Pedro não é, na negativa instante,
O amigo fraco, e sim invigilante,
A Lhe exigir compreensão permanente,
Até ser luz no Evangelho nascente.

Não vê o ingrato em Judas, mas o irmão
Que se traiu pela própria ilusão,
E ao perdoá-lo, estende à Humanidade
O Seu Amor-Perdão, de Idade a Idade.

Busquemos algo do olhar de Jesus
Para banhar nossos olhos de luz,
E toda crítica ou maledicência
Será banida de nossa consciência.

Porque teremos, então, atingido
O Grande Entendimento prometido,
Que nos fará sentir em cada irmão
Alguém credor de auxílio e compaixão.

E, assim, no olhar, em branda semiluz,
Teremos algo do olhar de Jesus. . .
(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na reunião pública da noite de 21-1-55, em Pedro Leopoldo.)
Do Livro "Momentos com Jesus", obra organizada por Mário Frigéri.
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