O Evangelho Segundo o Espiritismo

Prefácio

                               BY BLOG O EVANGELHO SEGUNDO OS ESPÍRITOS SUPERIORES                               

Prefácio

Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.

Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.

As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.

Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no Reino dos Céus.

O Espírito de Verdade

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Nota – A instrução acima, transmitida por via mediúnica, resume a um tempo o verdadeiro caráter do Espiritismo e a finalidade desta obra; por isso foi colocada aqui como prefácio.

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"Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.". Somos ainda seres humanos em estágio infantil pois fazemos de nossa Terra um campo de batalha em todos os aspectos da vida, compreendendo-se toda a significação que o termo comporta. Os Espíritos Superiores, os Benfeitores Espirituais, são os "Espíritos do Senhor", que foram enviados até nós para nos ensinar a Lei do cosmos, que é a Lei Divina, é a lei que rege todos os cantos do Universo. Os Espíritos Superiores são as virtudes dos céus, porque eles são espíritos evoluídos, tendo aprendido já abundantemente as lições divinas. E desejosos de colaborar para a evolução moral do homem terráqueo participam ativamente nos quatro quadrantes do planeta, levando os ensinamentos divinos a todas as religiões, e a todas as pessoas, não somente à Doutrina Espírita. Como estrelas cadentes iluminam o céu espiritualmente nas rápidas locomoções que fazem, embelezando nossa atmosfera, se pudéssemos ver com os olhos da carne todas essas locomoções nos maravilharíamos com tamanha beleza celeste, que transitam em todas as direções dia e noite. Quem sabe curvaríamos nossa alma mais rapidamente à necessidade de nossa evolução espiritual, quem sabe curvaríamo-nos mais rapidamente às lições divinas, contristados por causa de nossa pequenez. Sendo assim os Benfeitores Espirituais "..., vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.", pois continuamos cegos todos nós aos chamados de Jesus Cristo, pois preferimos ainda continuar vivendo em nossa zona de conforto, achando que estamos seguindo Seus ensinamentos. Não temos condição de vermos com nossos olhos materiais o trânsito dos Benfeitores Espirituais cruzando os céus do nosso planeta, mas temos condição de receber os ensinamentos que nos trazem, eles procuram nos enviar esses ensinamentos sublimes através dos médiuns existentes em todas as religiões, por meio de nossa condição intuitiva, e por meio das religiões do mundo.

"Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.". Chegada é a hora de ser desvendado todo o ensino de Jesus Nosso Mestre contido no Novo Testamento, o que tem ocorrido por meio da Doutrina Espírita, concretizando na prática uma compreensão além do que foi registrado nestes livros sagrados há mais de dois mil anos, para que as pessoas que desta água translúcida bebam, se revigorem pois na certeza do caminho reto moral a dar para suas vidas. Trata-se a Doutrina Espírita da decodificação dos ensinos de Jesus Cristo, e ao mesmo tempo a codificação dos ensinos do Espíritos Superiores. Desta forma " ... todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, ...", porque o entendimento das coisas são já apresentadas no verdadeiro sentido pela Doutrina Espírita, apresentada a verdadeira significação, em que elas são e sempre existiram, sem as deformações interpretativas intencionais e/ou acidentais, equivocadas, das seculares religiões, doutrinas e seitas, e de seus seguidores. Saber o verdadeiro significado das informações contidas na Bíblia até então não compreendidas de modo correto é saber o que de fato o Céu quer de nós, e é saber qual é o nosso destino cósmico. Uma das missões dos terráqueos é conhecer as Leis cósmicas, ou seja, as Leis Divinas, portanto, enquanto aqui estamos neste planeta ainda arrastados pela animalidade da guerra, do egoísmo, e de outras mazelas morais, a vida em outros planetas mais evoluídos corre livre no sentido ao acesso amplo dos limites do Universo, porque a evolução moral em tais planetas resultou na liberdade tão almejada pelos povos da Terra, mas que os terráqueos não alcançarão enquanto ainda permanecerem persistentes na animalidade sustentada nos dias de hoje. O avanço moral da nossa pequena Humanidade terrícola, uma vez alcançada conforme espera Jesus Cristo, significa a ferramenta "... , para dissipar as trevas, ..." que ainda persistem hoje, e por isso não permitem conquistar os limites do Universo. Os orgulhosos continuarão persistindo em suas ilusões, subjugando esses ensinos celestes, enquanto que esses mesmos ensinos glorificam os justos, porque estes últimos se identificam com essas lições de esperança e justiça dadas pelo Céu. As trevas a serem dissipadas são as trevas da ignorância em todos os sentidos, dando lugar à Luz do Bem e do conhecimento. É o tempo futuro, não tão longe, da Terra prometida por Jesus aos seus escolhidos, é a Terra onde somente os que evoluíram bastante, vivendo de acordo com o Seu Evangelho, viverão, e poderão conquistar o Universo.

"As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam.". Essas grandes vozes do Céu e os anjos parecem ser grupos diferentes de seres celestes a trabalhar em nome do Senhor para espalhar os ensinos Eternos a toda a Humanidade terráquea. Esse ressoar como trombetas das vozes do Céu é o anúncio dos ensinos celestes, que se constitui em uma forma de anunciar o chamamento a todos para uma nova fase da vida na Terra a que os terráqueos do futuro viverão, a Terra do futuro, para tanto os ensinamentos que nos vem hoje por meio da Doutrina Espírita já é uma preparação para esse futuro, e por isso os que bebem dessa "água viva" já estão de alguma forma vivendo esse futuro no seu presente. É um chamamento aos corações já amadurecidos moralmente ao longo destes milênios por meio das reencarnações necessárias que tiveram para hoje conseguirem reconhecer Seus ensinamentos, e segui-Lo. Os homens que até hoje não abriram seus corações para os ensinamentos dos Espíritos Superiores são aqueles Espíritos que, apesar de muitas encanações, andaram por outras bandas terrestres que nada ou pouco acrescentaram condições para o acesso a estes ensinos celestes, e por isso agora estes homens estando encarnados ainda não conseguem raciocinar, nem mesmo por meio da inteligência já desenvolvida de acordo com a realidade moderna em que vivem, a existência dos ensinos celestes codificados nos livros de Allan Kardec, nem mesmo nos livros ditados pelos Espíritos Superiores por meio dos médiuns de hoje.

De onde teriam tirado os "Espíritos do Senhor" lições de tão alta moral para ensinar aos povos do planeta Terra, provando com isso que tão elevadas e perfeitas lições a Terra nunca pertenceram, tiraram sim de outro lugar que não daqui, essas lições sublimes só podem estar no Universo, vividas e compartilhadas por civilizações humanas mais evoluídas, localizadas em outros planetas, cuja evolução não fazemos ideia, nem mesmo sobre o modo de vida coletiva que vivem. Nem por isso tratam-se os "Espíritos do Senhor" de seres inacessíveis, e sim de dois grandes grupos de "Espíritos do Senhor". Os "Espíritos do Senhor" que viveram na Terra, aprenderam essas altas lições da Lei Divina por meio das duras experiências encarnatórias, e ajudados pelos "Espíritos do Senhor" que já existiam bem antes deles, incluindo os que nunca pertenceram a esta Terra. Da mesma forma a nós também nos trazem hoje todos os "Espíritos do Senhor" tais lições Eternas, e aprendemos assim com esses dois grandes grupos de "Espíritos do Senhor" as lições da Eternidade, que são as lições aplicadas a todo o Universo.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Capítulo I I I
Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai

1. Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já Eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde Eu estiver, também vós aí estejais. (João, 14:1 a 3.)

DIFERENTES  ESTADOS  DA  ALMA  NA  ERRATICIDADE



2. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no Espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.


"Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.". Portanto, convidados que fomos todos nós, pois fomos todos chamados a conhecer e compartilhar desses ensinamentos Divinos, fomos chamados também a tomarmos a nossa lira celeste, não somente beber da "água viva",  é o beber e o trabalhar no Bem de acordo com os Seus ensinamentos, para que possamos compartilhar no futuro do direito de estarmos entre todas as civilizações do cosmos através desse esforço pela repercussão de tal sinfonia. Por isso é que a animalidade dos homens de hoje significa um ressoar tão ruim, cujo som não pode estar saindo de uma harpa celestial, e sim de um instrumento musical estragado e desafinado. Quando o homem terráqueo finalmente tiver aprendido a cantar os cânticos dos Céu então finalmente estará participando com todas as civilizações do Universo de uma posição de igualdade no cosmos.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Capítulo XVI I I

Muitos os chamados e poucos os escolhidos

PARÁBOLA  DO  FESTIM  DE  BODAS

1. Falando ainda por parábolas, disse-lhes Jesus: “O Reino dos Céus se assemelha a um rei que, querendo festejar as bodas de seu filho, despachou seus servos a chamar para as bodas os que tinham sido convidados; estes, porém, recusaram-se a ir. O rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados: ‘Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus cevados; tudo está pronto; vinde às bodas.’ — Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu negócio. Os outros pegaram dos servos e os mataram, depois de lhes haverem feito muitos ultrajes. Sabendo disso, o rei se tomou de cólera e, mandando contra eles seus exércitos, exterminou os assassinos e lhes queimou a cidade. 

Então, disse a seus servos: ‘O festim das bodas está inteiramente preparado; mas os que para ele foram chamados não eram dignos dele. Ide, pois, às encruzilhadas e chamai para as bodas todos quantos encontrardes.’ — Os servos então saíram pelas ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e maus; a sala das bodas se encheu de pessoas que se puseram à mesa.

Entrou, em seguida, o rei para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem que não vestia a túnica nupcial disse-lhe: ‘Meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial?’ O homem guardou silêncio. Então, disse o rei à sua gente: ‘Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores: aí é que haverá prantos e ranger de dentes, porquanto, muitos há chamados, mas poucos escolhidos.’” (Mateus, 22:1 a 14.)

2. O incrédulo sorri a esta parábola, que lhe parece de pueril ingenuidade, por não compreender que se possa opor tanta dificuldade para assistir a um festim e, ainda menos, que convidados levem a resistência a ponto de massacrarem os enviados do dono da casa. “As parábolas”, diz ele, o incrédulo, “são, sem dúvida, imagens; mas, ainda assim, mister se torna que não ultrapassem os limites do verossímil.”

Outro tanto pode ser dito de todas as alegorias, das mais engenhosas fábulas, se não lhes forem tirados os respectivos envoltórios, para ser achado o sentido oculto. Jesus compunha as suas com os hábitos mais vulgares da vida e as adaptava aos costumes e ao caráter do povo a quem falava. A maioria delas tinha por objeto fazer penetrar nas massas populares a ideia da vida espiritual, parecendo muitas ininteligíveis, quanto ao sentido, apenas por não se colocarem neste ponto de vista os que as interpretam.

Na de que tratamos, Jesus compara o Reino dos Céus, onde tudo é alegria e ventura, a um festim. Falando dos primeiros convidados, alude aos hebreus, que foram os primeiros chamados por Deus ao conhecimento da sua Lei. Os enviados do rei são os profetas que os vinham exortar a seguir a trilha da verdadeira felicidade; suas palavras, porém, quase não eram escutadas; suas advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo massacrados, como os servos da parábola. Os convidados que se escusam, pretextando terem de ir cuidar de seus campos e de seus negócios, simbolizam as pessoas mundanas que, absorvidas pelas coisas terrenas, se conservam indiferentes às coisas celestes.

(...)

No entanto, não basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação. Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos de entrar no Reino dos Céus! Eis por que disse Jesus: “Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos.”

"Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no Reino dos Céus.". O "Espírito de Verdade", que dirigia estas palavras aos que se faziam presentes no dia desse comunicado, manifestando a eles também Seu Amor, solicita que amemo-nos uns aos outros, e com o coração também cheio desse Amor, de uma particular sinceridade, chamemos ao Senhor. O coração que não estiver cheio de sinceridade e desse Amor, mesmo que clame ao Senhor, não será ouvido, nem conseguirá entrar no Reino dos Céus. Procuremos seguir Suas orientações celestes.

Heliana Staut

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