domingo, 21 de outubro de 2018

Os Mensageiros






Pelos  Frutos

Emmanuel

                          GCI. ORG. Alexandre Bida. Jesus come com publicanos e pecadores.                            










Pelos  Frutos
Emmanuel

“Por seus frutos os conhecereis.”
Jesus (Mateus, 7:16)


Nem pelo tamanho.


Nem pela configuração.


Nem pelas ramagens.


Nem pela imponência da copa.


Nem pelos rebentos verdes.


Nem pelas pontas ressequidas.


Nem pelo aspecto brilhante.


Nem pela apresentação desagradável.


Nem pela antiguidade do tronco.


Nem pela fragilidade das folhas.


Nem pela casca rústica ou delicada.


Nem pelas flores perfumadas ou inodoras.


Nem pelo aroma atraente.


Nem pelas emanações repulsivas.


Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos frutos, peja utilidade, pela produção.

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Assim também nosso espírito em plena jornada...

✦✦✦✦✦

Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral.

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— "Pelos frutos os conhecereis" — disse o Mestre.

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— "Pelas nossas ações seremos conhecidos" — repetiremos nós.





Do livro "Fonte Viva", ditado pelo Espírito Emmanuel. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.





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O Cego não Enxerga o Fruto,
e Nem a Árvore
Heliana   Staut



"Nem pelo tamanho.". O tamanho da árvore não mostra o tamanho de sua constituição interna, assim como o tamanho social e religioso, e até corporal de uma pessoa não mostra o tamanho de seu caráter moral, que poderá ser tanto pequeno como grande. Assim, é fácil ofuscar com a grandeza social de que se reveste, ou causar desdém com sua falta de brilho social. Porque infelizmente as pessoas enxergam apenas as aparências da realidade imediata de cada um, e enxergam apenas suas máscaras morais. Com tais vernizes com o qual umas pessoas de qualquer classe social se revestem estas mesmas pessoas alcançam com certa sordidez o que almejam; outras pessoas, também de qualquer classe social, podem não usar vernizes de qualquer qualidade, mas são elas vítimas dos vernizes sprays que outras, sendo soberbas, utilizam para pintá-las. Porque assim é que o mundo é construído pelas pessoas de hoje, como as de ontem, e quem sabe, as de amanhã. Portanto o mesmo ocorre com seus frutos, pois "nem pelo tamanho" dos frutos poderemos ter a exata noção do seu valor nutritivo, já que se trata de apenas aparência.

"Nem pela configuração.". A forma física constitutiva pela qual está organizada uma planta, como a árvore, tenha ela o contorno, formato, a cor que for, e outras características físicas, não diz sobre seu interior: se a planta tem uma seiva venenosa, se seu gosto é amargo, dentre outros desapontamentos que a planta pode nos dar. Assim "Nem pela configuração" da planta e de seus frutos poderemos ter a certeza do que ela é e tem por dentro. Portanto além do tamanho a forma física não prova, por serem apenas as aparências do conteúdo, que a pessoa realmente esteja sendo responsável, imparcial, justa, boa, e competente onde se situe socialmente, preocupando-se com os outros, quando a verdade interior dessa pessoa é que ela pode estar usando sua aparência para legitimar suas práticas sórdidas.

"Nem pelas ramagens.". Os ramos da planta, e seja a planta uma árvore, de formosa e frágil ou robusta que possa ser, e da coloração que tenha, expõe apenas sua aparência externa, nada demonstrando se esses ramos de fato atendem a todas as situações de manutenção da vida vegetal da qual surgiu. Por isso "nem pelas ramagens" do homem, que sejam elas os seus auxiliares em serviço, se pode acreditar só de ver com os olhos da carne, que ele esteja vivendo e agindo de forma responsável, e que esteja sendo benevolente se preocupando com o bem-estar daqueles que recebem os frutos de seu trabalho, ou se está se beneficiando a si mesmo somente, assim como ramagens de vegetais podem na verdade, estar sendo hospedeiros de plantas maiores e menores para poder garantir a vida do vegetal verdadeiramente original da qual brotaram, seja este vegetal uma raiz ou um tronco.

"Nem pela imponência da copa.". A imponência da copa é a forma já amadurecida da planta, no caso a árvore, mostrando todo o seu vigor e beleza. O vigor da juventude do adulto ainda jovem, mostrando sua plena saúde, não prova que tenha de fato saúde, ou que seja uma pessoa justa. As aparências podem enganar, como sempre.

"Nem pelos rebentos verdes.". As folhas novas, que nascem todo ano, seja qual for a planta, e mesmo de uma árvore, não prova que a planta em si seja sempre nova, assim como o homem todos os dias e anos, troca seus fios de cabelo, mas seu cabelo continua ainda da mesma cor, pois ainda não agrisalharam, pois nascem as folhas verdes da planta madura, assim como nascem os cabelos da cor que sempre foi da pessoa adulta de idade avançada. Por isso não podemos nos deter em acreditar que o que vemos, que é a aparência da planta, assim como do homem, esteja nos dizendo que a planta e o homem sejam jovens, mas sim que já podem estar trazendo a maturidade, e com ela, os vícios da alma, e por isso, ainda mais difíceis de serem percebidos, e se vemos não estamos entretanto percebendo, porque a aparência da jovialidade camufla a velhice dos defeitos morais que habita no homem em sua zona de conforto. 

"Nem pelas pontas ressequidas.". As folhas e galhos ressecados. Por outro lado as pontas ressequidas não significam que a planta, assim como o homem, estejam já em idade suficientemente madura para acreditarmos que se tratem já de uma planta ou homem velho, pois, assim como trocamos as células velhas por células novas a planta troca suas extensões mais antigas por novas, assim como a poda das plantas já favorece muito bem pular este estágio que as plantas sofrem. O homem novo e o homem velho poderiam realizar a sua poda pessoal sempre, reconhecendo a necessidade de renovação interior para qualidades morais mais nobres, desde que manifestasse em seu interior também o desejo de se tornar uma pessoa melhor.


"Nem pelo aspecto brilhante.". Quando surgem folhas são ainda novas numa planta seja ela qual for, ou na copa de uma árvore, mesmo que estes vegetais sejam já bastante maduros, essas folhas são luminosas, mostram que estão em pleno vigor, e durarão muito vindo a substituir as antigas. O brilho das folhas novas é o brilho verdadeiro, pois a planta é a criação divina para servir à vida. Mas o homem que, envolvendo-se de um verniz que ele cria para aparentar o que não é com o fim de conquistar a confiança de todos, enganando para obter vantagens, mostra assim um brilho que não é verdadeiro como o brilho das folhas novas. Mas o homem verdadeiro mostra seu verdadeiro brilho, assemelhando-se assim as plantas com suas folhas novas, aproximando-se assim, de Deus.

"Nem pela apresentação desagradável.". A apresentação desagradável da árvore, ou outro tipo de planta, é o resultado de ter sido judiada por uma tempestade, ou por ação humana, mas se a ela, depois, é dada condições de se renovar por meios naturais, e até por ação humana de outras pessoas, se recuperará ao longo de alguns meses, voltando a ser um bonito vegetal. Com o homem não é diferente, se consegue se reerguer de uma grande tempestade da vida, porque a vida lhe deu essa condição, ou se conseguiu se reerguer por ajuda de pessoas da família, ou de conhecidos e estranhos, por outro lado também, dependendo da queda, se for uma queda da qual infelizmente se compraz, estará sempre com uma apresentação desagradável. Mas reflitamos que a aparência desagradável do homem não prova que esse homem seja mal, ou bom, e de novo deparamo-nos com as aparências, com a superficialidade, e não com a verdade, da mesma forma que não poderemos nunca julgar pejorativamente uma planta, que seja uma árvore, quando esta estiver com péssima aparência. 

"Nem pela antiguidade do tronco.". Quando o tronco de uma planta seja ela qual for, e mesmo de uma árvore, é visivelmente antiga não significa que o vegetal não tenha mais vida e saúde. Da mesma forma que o homem, quando atinge idade bem avançada não significa que não esteja mais em seu pleno vigor. Por isso a aparência da idade avançada, tanto da planta, quanto do homem, não pode ser tida como a verdade de que não tenha mais condições de laborar na vida em qualquer dos setores que a vida exige. A aparência da velhice não é prova de incapacidade, mas sim de mais contribuição em outros campos da vida a servir para os mais jovens, para si mesmo, e para os que compartilham da mesma fase da vida. 

"Nem pela fragilidade das folhas.". E finalmente quando aquelas folhas novas e brilhantes envelhecem depois de algum tempo, deram grande contribuição à vida da planta, seja ela qual for, assim como a uma árvore, elas já começam a secar e cair, ou mesmo antes disso, caem ainda verdes e já foscas, mas não significa a morte do vegetal, mas sim sua renovação. O mesmo ocorre com o ser humano que, trocando células e perdendo fios de cabelo, podendo se tornar até calvo (a), não significa que sua vitalidade esteja se perdendo, e perdendo a capacidade de um labor humano normal, pois o homem se renova, a árvore e outras plantas ganham novas folhas, mas o ser humano, não ganhando novos fios de cabelo onde antes tinha, continua ganhando novas células, garantindo-lhe a continuidade prolongada da vida.

"Nem pela casca rústica ou delicada.". A planta, seja ela qual for, e mesmo uma árvore, que tenha o tronco e galhos grosseiros ou delicados trazem apenas a aparência da grosseria ou delicadeza, mas por dentro destas plantas se esconde o segredo do valor que elas de fato trazem, podendo servir para a medicina popular, podendo servir como repelente, podendo servir até mesmo para a alimentação, ou podendo trazer a seiva venenosa. Com o homem não é diferente, a aparência grotesca pode estar escondendo uma alma pacífica e boa, enquanto a aparência delicada pode estar escondendo uma pessoa verdadeiramente grosseira, e até má. Pois a aparência grotesca ou delicada é apenas mais uma característica das aparências que escondem a realidade, e a realidade é verdadeira, pouquíssimas são as pessoas que enxergam além das aparências, percebendo a realidade.

"Nem pelas flores perfumadas ou inodoras.". O perfume de algumas flores, ou a falta de perfume prova que as flores são agradáveis para a vida dos demais seres vivos que delas se aproximam. Mas nem toda pessoa, mesmo que ande perfumado, não prova que seja uma pessoa agradável no relacionamento humano, como se mostra agradável pelo cuidado físico com que se detém, agradando a todos com sua presença. Por outro lado aqueles que não se perfumam após o asseio diário não provam ser pessoas desagradáveis por causa disso. E mais uma vez refletimos para o fato de que a aparência enriquecida com perfume, vindo a completar todo um quadro de produção de uma aparência visível, pode ou não constituir-se de um conjunto de vernizes da alma, de modo que pode apenas expressar a necessidade interior de se sentir melhor consigo mesmo, tratando-se de pessoa simples e visivelmente cristã.

"Nem pelo aroma atraente.". O "aroma atraente" da planta seja ela qual for, ou de uma árvore, mostra o quanto é agradável, mas pode também vir a ser tóxico apesar de atraente. Com o ser humano não é diferente, pois pode emanar um perfume agradável e atraente, mas seu coração e sua mente pode não estar na mesma sintonia do aroma que emana. De modo que por mais uma vez as aparências enganam, podendo dar a entender àquele que se ilude facilmente com as aparências, que as pessoas assim bem apresentáveis possam ser agradáveis e boas como o perfume que utilizam.

"Nem pelas emanações repulsivas.". Sabe-se que algumas plantas possuem reações repulsivas diante de aproximações que sentem como ameaçativas. Quanto ao ser humano, há aqueles que não disfarçam atitudes, expressões e gestos de repulsa, que varia desde condutas pouco disfarçadas, discretas, a até atitudes chamativas, e até mais escandalosas, entretanto por mais essa situação visível aos olhos alheios as demais pessoas tendem sempre a acreditar no que vêem, ou seja, nas aparências, julgando aquele que assim se manifesta publicamente, mas nem todas as pessoas com condutas assim expressam quem elas de fato são interiormente, mas sim expressam apenas uma situação do momento, e muitas vezes sendo uma raridade esse comportamento.

"Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos frutos, peja utilidade, pela produção.". A árvore de que fala Emmanuel aqui é a árvore vista pelos Espíritos Superiores, vista por jesus Nosso Mestre, pois somente a visão espiritual é que mostra o interior verdadeiro de cada árvore, enquanto isso o homem encarnado sempre tende a ver a árvore pela sua aparência. Mas o sábio encarnado também tem condições de perceber quem é a árvore pelos frutos que produz, não necessitando portanto o encarnado perceber o espírito que habita a árvore com o auxílio da mediunidade, já que são os frutos que mostram o que a árvore é. Quem não é sábio não consegue enxergar o espírito da árvore.


"Assim também nosso espírito em plena jornada...". Somente no plano espiritual é que não é possível enganar a ninguém, vendo-se portanto as verdadeiras vestes espirituais que cada um utiliza. Embora no plano físico a pessoa sábia saberá ler o espírito da árvore por meio de seus frutos, sem que precise ver o espírito da árvore propriamente.

"Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral.". As pessoas que vivem pela verdade são por si mesmas pessoas também verdadeiras, que não dão a si mesmas uma oportunidade sequer de mentir, a mentira para elas é algo abominável, e elas não conseguem de fato criar uma mentira. Assim as pessoas verdadeiras estão cuidadosamente sempre atentas a perceber a verdade existente na realidade aparente com a qual convive durante toda a vida delas! Dessa forma a pessoas genuinamente verdadeiras perceberá sempre a verdade existente sob tudo o que está camuflado, mesmo que não perceba toda a verdade de imediato, não se deixa levar pelas aparências tanto das pessoas, como do contexto, assim como dos ambientes nos quais se situa. A pessoa verdadeira, assim como honra a verdade em todas as situações, sabendo manter-se calada quando não pode dizer a verdade, também não tolera a mentira quando descoberta. Já a pessoa mentirosa jamais conhecerá a árvore pelo fruto, não sabendo distinguir o mentiroso do verdadeiro diante de seus olhos.

"— "Pelos frutos os conhecereis" — disse o Mestre.

— "Pelas nossas ações seremos conhecidos" — repetiremos nós.". Assim somente o verdadeiro sábio, aquele que vive de acordo com o Evangelho, sabendo que deve ser uma pessoa verdadeira, e é de fato uma pessoa verdadeira, conseguirá conhecer a árvore pelos frutos. Da mesma forma que nós mesmos também estamos submetidos as mesmas Leis divinas e cósmicas, e portanto não escaparemos jamais ao mesmo jugo de sermos conhecidos pelos nossos frutos. A obra do obreiro bom ou mau são os seus gestos faciais e gesticulares, são suas palavras, são sua visível ou disfarçada dissimulação, são suas ações pouco ou nada nobres moralmente em relação ao semelhante e em relação ao contexto no qual se situa, são a forma como conduz suas obrigações em qualquer lugar onde esteja (no lar, na casa espírita, ...), e são suas ações em todos os setores da vida.





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Em poucas palavras:

Sejamos uma árvore boa, e sendo uma árvore boa semearemos bons frutos. Mesmo que não sejamos percebidos pelos nossos bons frutos continuemos semeando estes frutos bons, lembrando que o que realmente vale e enobrece ainda mais a nossa vida é nos preocuparmos com os frutos que estamos produzindo, do que somente enxergarmos com franqueza pessoal, sem diferenciações, sem utilizar duas balanças da justiça, os frutos alheios.






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