sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Mestre Jesus







Autenticidade Histórica do Evangelho

Amélia Rodrigues

(Espírito)


                               WIKIPEDIA. Brooklyn_Museum_O esconderijo dos apóstolos_James_Tissot.                               











Autenticidade Histórica do Evangelho
Amélia Rodrigues
(Espírito)





Resíduos da negação sistemática ressumam periodicamente, apontando absurdos e discrepâncias entre os narradores do Evangelho,, em vãs tentativas de negar-lhe autenticidade, quando não criticam o seu valor e o seu conteúdo que nos são credores de respeito. 

Todavia, nas diferenças dos comentários realizados por quatro personalidades diversas e temperamentos próprios, em épocas diferentes, o Evangelho é um todo harmônico, que não deixa margem a quaisquer descréditos.

Enfocado por pessoas que viveram aqueles dias, a riqueza de detalhes em torno dos homens e da terra, dos hábitos e das conjunturas políticas são de uma irretorquível autenticidade, quanto de relativamente fácil comprovação.

As considerações sobre o solo árido, a escassez de água, as tricas e conflitos farisaicos, os costumes e ritos religiosos são de uma fidelidade histórica que supera a dúvida mais sistemática e a gratuita hostilidade a Jesus e a Sua vida.

Acontecimentos e paisagens geográficas são retratados com mestria e tranquila legitimidade, de tal forma verdadeiros que se encontram vivos, ainda hoje, na historiografia do povo hebreu.

Detalhes do dia-a-dia às margens do mar, e preocupações em torno da fé, na Sinagoga, comentários irrelevantes ou graves da boca do povo ou registros de conversações nas altas rodas da sociedade da época transparecem e se apresentam na linguagem dos comentaristas dos sucessos que mudaram o curso da História . . .

Citações botânicas e apontamentos da vida dos profissionais surgem na limpidez das parábolas, com sabor de verdade - verdadeiras que eram as ocorrências - demonstrando que aqueles homens e mulheres não se encontravam  alienados no tempo e no espaço ou que foram os dados compilados por visionários e sonhadores que desejaram compor o Homem e a Sua vida, com carismas que permitissem a fuga das consciências para aspirações espirituais ante o fracasso das suas realidades materiais . . .

Aventam-se hipóteses psicanalistas que pretendem tornar Jesus um biótipo fantástico, para compensar, no inconsciente das massas, em alegria e ventura, o que lhes pesa em miséria e sofrimento.

Não obstante, o Seu chamado não alcança apenas os frustrados e falidos do mundo, senão quantos se  detêm a examinar-lhe a excelência de conteúdo que sobrenada nos Seus ensinos, únicos, aliás, capazes de sustentar o homem moderno combalido, que se fez vítima de si mesmo e se encontra vencido pela tecnologia avançada, que não logrou torná-lo mais feliz, nem mais tranquilo, apesar de a alguns haver conseguido propor comodidades e conforto . . .

Israel era, então, uma ilha de monoteísmo, num convulsionado oceano de culturas politeístas.

Com aproximadamente 20.600 km² (SIC!) desempenhou na história da Humanidade um dos papéis mais relevantes de todos os tempos.

Vinculado a uma legislação austera, que vigiava e conduzia, mediante estatutos graves, os menores movimentos e comportamentos humanos, esperava um Messias para a suprema governança física e econômica da raça sobre o mundo submetido aos seus pés.

Jesus foi o antítese do sonho hebreu da época.

Não reformulou, porém, a Lei, antes submeteu-se-lhe, acrescentando o amor, como capítulo essencial, sem o qual a impiedade sobrevoa o caráter dos vencidos que lhe tombam nas malhas apertadas e bem urdidas.

Seus sermões são proferidos para o Seu tempo e todos os tempos, tão oportunos hoje, quanto o foram ao ser enunciados.

Suas ações - por muitos consideradas milagres, que violentariam as leis naturais e por outros como falsas, por impossíveis de comprovadas - recebem o aval dos fatos modernos, das doutrinas que estudam e comprovam a paranormalidade humana, em momentosos eventos que abrem perspectivas mais amplas para a compreensão da vida, que extrapola os limites do berço e do túmulo, antecipando aquele e superando este . . .

Sua visão profética, carregada de emoção e piedade, torna-se evidente nestes dias, quando os acontecimentos a confirmam em toda a inteireza, a ponto de poder-se prever o que virá, em face do que está sucedendo.

Habilmente caracterizado, cada Evangelho, segundo a ótica de quem o escreve, ou porque ouvido por quem participou daquele período breve, que se fez longo, ou poque vividas as experiências conforme Mateus e João, as excelentes testemunhas, passa de um para o outro um fio que interliga as quatro histórias e exala o mesmo odor de beleza e esperança num só conteúdo de amor e paz.

É certo que não foram escritos conforme se encontram hoje.

Das anotações e fragmentos encontrados, tomaram corpo, na apresentação dos Evangelhos Sinópticos que são os de Mateus, Marcos e Lucas, em face do seu paralelismo, que lhes faculta ser colocados em três colunas "visíveis ao mesmo tempo". Escritos entre os anos 60 a 70 aproximadamente.

Mais ou menos transcorridos quase trinta anos surge o de João, coroando os anteriores.

Não se trata de uma narração por quatro diferente escritores, mas uma Revelação revolucionária que nos propõe a transformação íntima, tendo por base o ser "mais perfeito" que jamais esteve na Terra, nosso "Modelo e Guia".

Ainda se conserva o texto de Marcos, que é o mais antigo, conforme as anotações iniciais.

Tudo indica que o texto de Mateus, primitivamente foi escrito em aramaico, antes de Marcos fazê-lo, após o que, o redigiu em grego.

Lucas, porém, escreveu, em grego castiço desde o início, os apontamentos que lhe chegaram por Paulo, dando uma ordem lógica e clara aos fatos e comentários, aos discursos do Mestre. Possivelmente ouviu Maria narrando a infância do filho.

O Evangelho de João, igualmente redigido em grego, também é chamado "Espiritual", merecendo de Orígenes, o pais da Igreja do Século III, o seguinte comentário: "Ousamos proclamar que a flor de todas as Escrituras é o Evangelho dado por João; não lhe pode perceber o sentido quem não tenha repousado no coração de Jesus ou não tenha recebido, de Jesus, Maria como Mãe!"

Os narradores mostram-nos, sem alarde, as duas naturezas de Jesus.

Convive com os homens, demonstra as necessidades humanas, participa das atividades de carpinteiro, mas também é o Filho de Deus, que interfere nos problemas humanos e nos seus destinos. Basta um movimento, uma palavra para que se modifiquem as estruturas das coisas e as vidas . . .

Exalta as pequenas coisas, adornando-as de poesia e vive a grandeza  do Cosmo, que não pode desvelar aos que O seguem.

O Evangelho, em razão disso, é um caminho que leva Àquele que se fez o caminho . . .

Objetivando atingir áreas humanas e culturas diferentes, escritos para atender a finalidades específicas, completando o trabalho apostólico oral, o fim de que vencessem os séculos, não perderam a homogeneidade nem o equilíbrio, que os tornam a mais perfeita explicação de uma saga incomum e impoluta, qual é a vida de Jesus.

Cada pensamento que foi exteriorizado pelo Mestre, breve e profundo, consoante a técnica linguística da época, próprio para memorização, passou de boca a ouvido e deste a outras vozes, até que, grafado, se tornasse uma luz inapagável que libertaria os tempos das sombras que o homem gerasse para si mesmo.




Recompilar e repetir os "ditos do Senhor", dando aos atuais problemas as Suas soluções, é tarefa que nos cumpre a todos realizar, a benefício próprio.

Muito escrita, a Sua é a história mais repetida da História dos tempos, no entanto, nova e fascinante, na rapidez com que passaram os Seus breves anos, naquela região que percorreu a pé de um para outro lado, sob Sol escaldante ou frio cortante, com um magote de homens toscos que Ele trabalhou, deles fazendo pela renúncia e sacrifícios de que deram testemunhos, os argonautas dos dias modernos.

Nunca houve um poeta simples e profundo como Jesus.

Jamais surgiu um sábio eloquente e nobre qual Jesus.

Não se repetirão os Seus feitos, conforme Ele os realizou.

Seu amor abrangente, através dos séculos, convocou desde Saulo que O hostilizava a Agostinho que O desprezou, de Francisco de Assis que queria gozar a Tereza d'Ávila que ambicionava por uma vida normal e um lar, de São João da Cruz a Alberto Schweitzer, de Gandhi que O conheceu de passagem a Martin Lutner King Jr. que O amou na pessoa dos seus irmãos estigmatizados pelo preconceito racial, em razão da cor da epiderme . . . 

Jesus ontem, Jesus hoje, Jesus sempre a "rocha dos séculos" e a paz da vida.








Do livro "Há Flores no Caminho", ditado pelo espírito Amélia Rodrigues. Psicografado pelo médium Divaldo Pereira Franco.










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